Distúrbio na fala da criança pode afetar rendimento escolar |
A dificuldade de falar as palavras corretamente pode afetar a auto-estima da criança e comprometer o rendimento na escola, principalmente quando essa criança vira alvo de brincadeiras dos amigos. Quanto mais cedo os pais procurarem ajuda, melhor para o tratamento dos filhos. O Bom Dia Rio conversou com uma especialista sobre o assunto. Cada nova palavra uma comemoração. “Flor”.Toca aqui, flor, muito bem! Arvore de Natal, fala Guilherme. Guilherme tem 4 anos. Há nove meses, uma vez por semana, ele se trata com a fonoaudióloga Ana Paula Melo. A avó acompanha as sessões.“Ele realmente começou a falar muito depois do esperado. Ele falava pouco e errado, tinha muita preguiça de falar, a gente falava com ele e ele não correspondia”, conta. O menino tinha duas dificuldades: a demora na fala associada a dislalia. São crianças que falam pouco, o que a gente chama de atraso de linguagem, uma criança de quatro cinco anos, falando como se tivesse dois, a pobreza de vocabulário e dificuldade de formular frases completas, isso é o atraso de linguagem, ou então o que a gente chama de dislalias: fonética, fonológica, troca de sons na hora de falar. Então a gente tem o caso clássico de trocar o "r" pelo "l" , em vez de falar fruta fala fluta ou omite a letra”, explica Ana Paula. Para ajudar Guilherme , exercícios. Até soprar bolinhas de isopor ajuda. Mas os pais também têm papel importante neste tratamento. Fora do consultório são eles que vão ajudar o filho a se transformar, quem sabe, num tagarela. -Evite o uso de bicos artificiais, como chupeta e mamadeira. Eles atrapalham a articulação das palavras e a criança acaba falando errado; - Procure conversar sempre como seu filho. Mesmo quando ele for bebê. Observando a fala dos adultos ela vai se sentir estimulada a se expressar também; - Outra dica: mastigar ajuda a criança a falar de forma correta. A mastigação então ajuda a desenvolver criança se comunicar de forma correta.“A mastigação é fundamental é uma das principais experiências que a criança tem que ter desde cedo para desenvolver o que a gente chama de órgãos fono articulatórios. Mastigar bem, respirar bem, engolir bem é fundamental pra criança mais para frente se comunicar, falar bem”, orienta a fonoaudióloga. A dificuldade em se comunicar acabou trazendo outros problemas para Daniel de 6 anos. “Várias vezes e não queria ir para o colégio porque os amiguinhos estavam rindo dele e ele ficava afastado, os colegas ficavam de brincadeira, trocava o r pelo l e eles achavam engraçado”, diz Daniela Rocha, mãe de Daniel. A mãe conta que resolveu procurar ajuda com uma fonoaudióloga e deu resultado. “Ele mesmo se corrige e fala que falou errado aí vai e fala certo, o convívio com os coleguinhas melhorou 100%”. Daniela dá um conselho importante. “Tem mães que têm vergonha de dizer que e o filho fala errado. Eu não tive vergonha fui atrás e constatei cedo. Tem que enfrentar para o bem deles, com certeza”. |